06/03/2016
Organizar as lembranças que vivenciei no Ateliê Aberto é um exercício de confirmação sobre um pensamento, que muito admiro, de Nelson Mandela, umas das figuras mais inspiradoras e icônicas de nosso tempo, de que grandes desafios despertam grandes energias.
A minha trajetória e colaboração iniciou-se em 1999, na esquina da boemia mais famosa de Campinas, em frente ao Centro de Convivência. Na ocasião, fui apresentado pelo amigo Guilherme Fogagnoli (Kid) a Samantha Moreira, idealizadora desse que se tornaria o mais antigo e um dos mais importantes espaços independentes de arte contemporânea em atividade no Brasil.
Desde então, o Ateliê Aberto vem desenvolvendo um conceito de território artístico, democrático e livre que transcende sua própria vocação de fomentar novos processos de gestão e criação em cultura contemporânea. Como um organismo vivo, dedicado a servir, sua dimensão colaborativa e multidisciplinar conecta diversos atores e profissionais que atuam, direta e indiretamente, para o desenvolvimento da arte enquanto expressão de nossa identidade cultural. E testemunhar, nesse ano de 2015, sua maioridade, com 18 anos de Resiliência : Equilíbrio <> Atitude <> Sonhos : Renovação <> Conquistas, é um motivo de orgulho e certeza de que toda dedicação tem suas recompensas.
Recordo-me de muitos momentos. De frustações e alegrias. Das inúmeras ideias concebidas que adormeceram no baú de nossos entusiasmos e de tantas outras empreendidas que deram sentido à vida de muitas pessoas. Tempos de adaptação, criatividade, sensibilidade e, acima de tudo, gentileza no relacionamento com as pessoas.
Uma história que conta com mais de 200 projetos dentro e fora de Campinas, além da promoção de mais de 700 artistas, curadores e pesquisadores. De verdade, não me recordo e desconheço outro espaço com as mesmas características que tenha conseguido tais indicadores no Brasil.
Tudo isso enquanto resultado da grande energia, catalisada por Samantha Moreira, Maíra Endo e Henrique Lukas, parceiros criativos e comprometidos que aceitaram e venceram grandes desafios ao longo desses 18 anos.
Que o projeto METADADOS e a sua incrível responsabilidade de reunir e compartilhar esse valioso acervo de memórias do Ateliê Aberto seja o combustível para que possamos continuar a vivenciar e admirar esse que é um símbolo de resistência e promoção da arte e da cultura em nossa Campinas sem fronteiras.
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